Sobre as consultas online

A tecnologia permitiu e eu aprimorei a minha capacidade de resposta à distância, mantendo o mesmo rigor e qualidade de intervenção, para assegurar proximidade na resposta célere e cuidada a quem precisa e procura.

Nos tempos que correm, são cada vez mais frequentes os pedidos para as consultas online, seja por circunstâncias de confinamento ou por questões de distância geográfica. Enquanto psicóloga vi a minha prática ser desafiada por estas exigências atuais, numa altura em que a nossa saúde mental pede mais atenção e cuidado. A tecnologia permitiu e eu aprimorei a minha capacidade de resposta à distância, mantendo o mesmo rigor e qualidade de intervenção, para assegurar proximidade na resposta célere e cuidada a quem precisa e procura. Reinventei e adaptei condições de trabalho para garantir que o espaço de consulta à distância se aproxima, o mais possível, do contexto terapêutico habitual das consultas presenciais; para assegurar a capacidade de resposta, a total disponibilidade, sem esquecer a segurança e confidencialidade de quem está do outro lado do ecrã. É certo que esta modalidade nem sempre se adequa ao atendimento de todos os casos e faixas etárias, e por vezes não substitui o potencial de intervenção das consultas presenciais. É a resposta possível, a melhor possível, quando as circunstâncias assim o exigem. Da minha experiência, considero uma alternativa viável de ser explorada, salvaguardando as preferências e necessidades de quem me procura, e a minha capacidade de resposta. Do outro lado do ecrã também é preciso garantir condições para que este processo ocorra da forma mais orgânica possível. É importante que o espaço escolhido para a consulta, que normalmente se realiza por videochamada, assegure a privacidade, segurança e disponibilidade integral da pessoa, sem esquecer, claro, uma boa ligação à internet. Mudam-se os tempos, adaptam-se as vontades, mas a disponibilidade mantém-se.